sábado, 25 de abril de 2009

Esse é o cara!


Recentemente, Lula foi agraciado com um baita elogio. O Brasil foi agraciado com um baita elogio. Em um encontro entre os principais líderes políticos de todo o mundo, em Londres, o todo poderoso Barack Obama, recém-eleito presidente da maior potência do planeta, proferiu frases como "esse é o cara" e "este é o político mais popular da Terra" enquanto cumprimentava o presidente Lula. Olho no olho, em meio a outros presidentes, em frente às câmeras, pra todo mundo ver e ouvir...


Os tupiniquins ficaram em polvorosa. A parte petista se deleitou com o "reconhecimento de Obama frente à potência que hoje é o Brasil". Bobagem. O episódio não tem esse significado... Já a parte tucana fez pouco caso - sem conseguir, no entanto, esconder a baita dor de cotovelo que sentia - "porque nunca falaram isso de FHC?".

Obama acaba de chegar ao clube dos presidentes, motivo por si só justo para querer se enturmar com os mais antigos. Mas fora isso, Obama precisa da ajuda do resto do mundo neste momento, e ele sabe disso. A crise econômica que assola o mundo, e que tem como epicentro justamente os EUA, não será vencida por um só país, mas pelo esforço conjunto de todos eles. E se este fosse o único desafio, menos mal seria. Obama ainda tem que cuidar da ameaça real vinda do Irã, dos problemas antigos no Afeganistão, no Iraque e na Coreia do Norte, da abertura econômica cubana...

E a América Latina? Onde ficamos nesta história? Em meio a tantas questões vitais para os EUA, tudo que Obama não quer é mais um eixo do mal para ter que administrar (e a nossa região é bem propensa a se tornar vilã). Para isso, nada melhor que um interlocutor de peso. Alguém que seja respeitado na região, que venha de um país com peso econômico, no qual a democracia dá as cartas. Alguém que possa ser um aliado nas horas mais difíceis...
Quem? Quem?? Lula, claro. O Brasil, claro. Aproximação estratégica, que elimina futuros problemas regionais e ainda melhora as relações entre os dois países.

Obama é o cara...
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