sábado, 24 de julho de 2010

Anastasia e Dilma. Casos parecidos, mas muito diferentes...




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Muitos comparam a situação do tucano Antonio Anastasia em Minas com a situação da petista Dilma Rousseff no plano nacional. Dois desconhecidos do grande público que são lançados em importantes eleições majoritárias por seus populares padrinhos políticos.

Tudo bem, até aqui os casos se assemelham... Mas as semelhanças logo se encerram. Dilma nunca foi o braço-direito do Lula, ao menos até se tornar a candidata do PT. Era, até então, uma soldada do presidente - mais uma, entre tantos. Porém, um braço-direito caiu pelo mensalão, um outro caiu por quebrar o sigilo de um caseiro, e assim as coisas foram acontecendo até culminar com um presidente sem braços e uma soldada disposta a tudo. Dilma foi escolhida candidata a presidente, a princípio, contra a vontade do próprio PT. Mas como Lula é maior que o partido pelo qual milita...

Além disso, o principal programa do governo Lula, o bolsa-família, não é comandado pela Dilma, mas por um outro soldado, o ministro Patrus Ananias. Mais... em 1998, Dilma, então no PDT, brigava com petistas no Rio Grande do Sul.

Ao contrário de Dilma, Anastasia prestava, naquele ano, seus serviços técnicos ao então presidente FHC, chegando a ser ministro interino do trabalho. Em Minas, Anastasia é o braço direito do governador Aécio Neves desde o primeiro dia do seu primeiro mandato. Em 2006, foi eleito (vejam, eleito) vice-governador. O carro-chefe do PSDB em Minas, o choque de gestão, foi implementado e comandado pelo Anastasia. Seu nome foi escolhido de maneira unânime como candidato do PSDB ao governo do estado, tanto entre os tucanos de Minas quanto entre os muitos aliados. Sem brigas, sem desconfianças.

Realmente, as semelhanças chegam ao fim bem no começo da comparação.

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