domingo, 7 de novembro de 2010

Aécio, e só ele, pode dar fim à "era PT".

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Observe o mapa abaixo...







É a evolução de votos presidenciais dados para o PT e para o PSDB em 2002, 2006 e 2010. Vamos então analisar algumas máximas, que considero bastante verdadeiras...



1. A candidata do PT em 2014 deve ser Dilma Rousseff.

Se Dilma fizer um bom governo, tudo leva a crer que será novamente a candidata do PT à presidência da República (caso a reeleição resista até lá). Seria algo pouquíssimo provável que o presidente Lula voltasse à disputa neste cenário. E na hipótese do governo Dilma não ser tão bom, a popularidade do Lula também seria fortemente afetada, já que ela é sua cria, e chegou onde chegou apenas e tão somente por sua indicação.



2. Não teremos, novamente, uma terceira força competitiva.

Cada vez mais, as eleições presidenciais por aqui se tornaram uma disputa polarizada entre PT e PSDB. Não há hoje um nome no PMDB ou no PSB que rivalize com o de Dilma, ou o de Lula. Não há um nome no DEM ou no PPS que rivalize com o de Aécio, ou o de Alckmin. O PSB, assim como os outros partidos mencionados, anuncia a vontade de lançar candidato próprio. Isso de certa maneira transmite uma mensagem ao eleitorado de que o partido está musculoso, fortalecido. Mas com a aproximação do pleito, a tendência é de que as forças se reúnam em torno daquele candidato com mais condições de vencer, e eles estão no PT e no PSDB.

Sozinho, o PV não é capaz de se tornar competitivo. O partido tem baixíssima capilaridade nacional e pouquíssimo tempo de TV. Marina Silva protagonizou uma belíssima onda verde na última eleição, mas é muito difícil que ela se repita. Boa parte de seus votos - talvez a metade deles - não foram votos marinistas ou votos ecológicos. Foram de eleitores que não gostaram da escolha (ou da imposição) do nome de Dilma Rousseff, e que detestam o candidato Serra. Não tendo para onde correrem, esses eleitores descarregaram seus votos na candidata mais neutra, Marina Silva.



3. Brasil dividido ao meio.

Vê-se claramente que o mapa do Brasil está dividido ao meio. Essa divisão, a grosso modo, é até patrocinada pelo PT e pelo presidente Lula. A parte vermelha do mapa, pouco instruída e amplamente atendida por programas assistencialistas, vota no PT (norte de Minas Gerais para cima), enquanto uma outra parte, a de baixo, com habitantes com mais anos de estudo e renda mais alta, vota no PSDB. Salvo exceções, esse quadro irá permanecer para 2014. E o candidato tucano, seja ele qual for, terá os votos da parte azul.






Projetando 2014

Agora imagine este mesmo mapa, mas com Minas Gerais e Rio de Janeiro pintados de azul. Juntos, estes estados possuem 23 milhões de eleitores, e desde 2002 dão vitória ao candidato petista nas eleições presidenciais. Fatalmente o candidato tucano sairia vitorioso se conseguisse ganhar nestes dois estados. E não é nada difícil imaginar que apenas um político poderia alcançar o feito: Aécio Neves. Ele teria 70% - ou mais - em Minas Gerais.

E no Rio de Janeiro, Aécio poderia obter um ótimo resultado - muito melhor do que os tucanos vêm conseguindo obter por lá, já que ele é muito próximo de toda a casta artística da capital, que dita os costumes e os comportamentos em todo o estado. Aécio é amigo pessoal de vários "globais", apresentadores de TV, bandas de música, atrizes e atores, e etc. Fala do Rio, e para o Rio, com muito mais naturalidade que Serra ou Alckmin o fazem. Por muito menos, na despedida do Aécio do governo de Minas, vários artistas gravaram depoimentos de apoio, como Maitê Proença, Alceu Valença, Ziraldo, Fagner, Renato Teixeira, Milton Nascimento, Samuel Rosa, Christiane Torloni (ver vídeos abaixo)…




Renato Teixeira e Samuel Rosa (Skank)
http://www.youtube.com/watch?v=4uUsO1istCk&feature=related

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Raimundo Fagner e Lô Borges
http://www.youtube.com/watch?v=sJ6b7_1v7vM&feature=related

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Fernanda Takai e Alceu Valença
http://www.youtube.com/watch?v=jJEnvKCnbR8&feature=related

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Maitê Proença e Ziraldo
http://www.youtube.com/watch?v=Qwsg24Ywn6w&feature=related

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Rogério Flausino e Christiane Torloni
http://www.youtube.com/watch?v=q7ZAC3OEm88&feature=related

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Quantos não gravariam por ele se Aécio Neves fosse candidato a presidente? A onda seria irreversível. Algo semelhante à Obamamania vista em 2008 nos Estados Unidos.

Por sua ideologia, Aécio é aquele que mais tira votos dos admiradores do presidente Lula, e dos petistas insatisfeitos. Tem um "leque político" maior que o leque dos concorrentes, por assim dizer. Eleitores mais conservadores votam nele (talvez por falta de opção), mas também esquerdistas tradicionais o fazem. É também, entre os nomes do PSDB, aquele que tem sua imagem menos ligada à injusta pecha, colada nos tucanos por petistas, de “governar para os ricos”. Se considerarmos que os votos dos psdbistas estarão com qualquer tucano escolhido, cabe ao partido tentar conquistar uma parte dos votos do eleitorado adversário...

Não bastasse isso, Aécio é jovem, bem apessoado, fala muitíssimo bem e tem uma trajetória política admirada. É neto de Tancredo Neves, político querido em todo o território nacional, que acabou por se transformar em mito após morrer sem assumir a presidência da república, em 1985.

Dentro do PSDB, partido que ajudou a fundar, Aécio é ligado a vários governadores recém-eleitos, como Alckmin, Beto Richa e Marconi Perillo, o que pode lhe dar amplo apoio político interno. Encontra bom trânsito em partidos hoje governistas - casos explícitos do PMDB e do PSB - o que certamente ampliaria sua base partidária de apoio (desfalcando a base partidária petista).

Sem passionalismos. O candidato tucano em 2014 deve ser Aécio Neves. Em 2010 provou-se mais uma vez que um candidato se faz conhecido durante a campanha, com a forte exposição a que é submetido, e não antes dela. Note-se que ninguém conhecia a candidata Dilma Rousseff no Amazonas, e ela terminou o segundo turno com 81% dos votos válidos no estado.

O ano de 2014 marcará o fim da "era PT” na presidência da República, ao menos por uns bons anos. Isso, claro, se o PSDB não trocar, mais um vez, os pés pelas mãos.

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Um comentário:

  1. Minas votando em peso ele tem grandes chances.
    Estados que elegeram Lula em 2006, como Espirito Santo,Goias,Acre,Rondonia passaram a ser 45 esse ano, Lula teve 61% e, em 2010 teve 56%, isso mostra que a população quer mudança na presidencia, mas colocaram Dilma ,porque Serra tem uma maior rejeição por estar associado a FHC.

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